A SAÚDE NO MÉDIO TEJO
A saúde pessoal é o bem mais precioso de que as pessoas dispõem. A Saúde pública é um bem valioso que as comunidades têm obrigação de preservar!
A saúde das pessoas que vivem no Médio Tejo não tem sido bem acautelada! Basta notar, por exemplo, que muitos habitantes do Médio Tejo têm necessidade de procurar cuidados de saúde fora do Centro Hospitalar do Médio Tejo quando poderia não ser necessário, e mais de 20% não têm Médico de Família.
No entender da CDU, esta situação tem origem no facto de o Governo não investir no Serviço Nacional de Saúde em geral e no Centro Hospitalar do Médio Tejo em particular.
Com efeito, a falta de investimento no Centro Hospitalar traduz-se, em termos práticos:
- Na não abertura de todos os serviços previstos, como por exemplo, o de Medicina Física e de Reabilitação em Tomar, dimensionado para servir 1 200 000 pessoas;
- No não desenvolvimento de outros com grandes potencialidades, como será o caso de Cardiologia, em Torres Novas, entre outros;
- No sub-financiamento do Centro Hospitalar que não tem permitido o seu “normal” desenvolvimento (instalação faseada dos serviços);
- Na ausência de uma estratégia de desenvolvimento que permita potenciar toda a capacidade instalada;
- Na nomeação de equipas de gestão completamente desenquadradas das necessidades e interesses do Médio Tejo;
As consequências estão à vista:
- O clima interno dos hospitais é de desânimo, de desorientação e de incerteza no futuro;
Os resultados da gestão relativos a 2009, embora ainda não conhecidos oficialmente, serão fracos:
* A produção dos serviços será menor que em anos anteriores;
* Os custos de exploração serão superiores;
* O deficit real será bastante mais elevado que o previsto;
- A ausência de um plano estratégico de desenvolvimento e de projectos atractivos que fixem os médicos (e outros técnicos) que trabalham no Centro e possam atrair outros, levam a que um conjunto significativo de médicos, de várias especialidades, admita a hipótese de deixar o Centro. Os serviços correm o risco de encerar por falta de pessoal!
O actual Conselho de Administração, em fim de mandato, não tem condições nem credibilidade para “dar a volta” à situação.
É pois tempo de agir. É tempo de “O Médio Tejo” exigir que o Centro Hospitalar seja gerido de acordo com os interesses daqueles que serve.
A juntar a estes factos, verifica-se um agravar dos problemas no âmbito dos cuidados primários de saúde com o aumento de utentes sem médico de familia, situação que tende a piorar com as reformas e as ameaças de novas USF.
Perante tais factos a CDU propôe, que na próxima reunião deste orgão, seja incluído na ordem de trabalhos, um ponto para se discutir as questões da saúde no Médio Tejo.
31 de Março de 2010
Os Eleitos da CDU