domingo, 31 de outubro de 2010

Assembleia Municipal (25/10/2010): Proposta para o Imposto Municipal sobre Imoveis (IMI) - taxa a aplicar em 2011


Para a CDU, a aplicação das taxas e impostos municipais não devem ser objecto de uma simples arrecadação de receita. O exercício deste direito, que cabe à Autarquia pode, e deve ser, um elemento de correcção de injustiças e fomento de uma ocupação sustentável do território.
A atitude da Câmara ao longo dos anos, e que agora prossegue, com a proposta apresentada, com a novidade de introduzir uma penalização para os prédios devolutos e em ruínas, tem como único critério a aplicação cega das taxas permitidas, afim de arrecadar receitas, para fazer face à elevada dívida existente. Castiga os munícipes, já duramente massacrados com a elevada carga fiscal aplicada pelo governo do PS; situação que irá piorar com o novo Orçamento de Estado.
A proposta apresentada é duplamente injusta. Por um lado, acentua o custo de vida dos munícipes e o seu nível de pobreza. Por outro lado, não contribui para a concretização dos projectos de reabilitação urbana, em curso; demite-se do importante papel de combate a desertificação das freguesias rurais e hipoteca, claramente, tais objectivos.
Nesse sentido, a CDU, não concorda com a proposta apresentada pela autarquia e apresenta a seguinte proposta alternativa:
 Prédios rústicos, 0,8% (taxa fixa)

 Prédios urbanos, 0,5%

 Prédios urbanos avaliados nos termos do CIMI, 0,3%

 Prédios devolutos, taxas agravadas para o dobro

 Prédios em ruínas, taxas agravadas para o triplo

 Reduzir o IMI em 30% para prédios urbanos, nas freguesias rurais e na parte rural das freguesias urbanas, como incentivo à fixação da população e combate à desertificação.

 Reduzir o IMI em 30% para prédios urbanos nos Centros Históricos de Lapas e Torres Novas, desde que esses prédios sejam objecto de requalificação urbana ou estejam em boas condições de habitabilidade e não estejam devolutos.

Esta é, na opinião da CDU, a proposta mínima aceitável de IMI, no panorama socioeconómico que atravessamos. Podemos de futuro, caso haja vontade política, começar a debater a aplicação do nº 9, referente a prédios rústicos, com áreas florestais, ma vez que esse pode vir a ser um óptimo mecanismo de apoio ao trabalho desenvolvido pelos bombeiros.

Torres Novas, 28.10.2010
Os Eleitos da CDU



Assembleia Municipal (25/10/2010): Posição dos eleitos da CDU sobre aumento das taxas municipais

Dada a pertinência do assunto publicamos aqui na íntegra a posição dos membros da CDU na Assembleia Municipal.

Tal matéria, pelo volume de informação (atente-se nas centenas de paginas que constituem o processo), mas fundamentalmente pelas questões polémicas que envolve, preenchia por completo uma reunião da Assembleia Municipal.
Com o pouco tempo disponivel, para debater matéria tão vasta, torna-se quase impossivel um cumprimento rigoroso das competências dos eleitos municipais, em matéria tão sensivel e de elevada relevância e exigia um escrutinio pormenorizado, que estamos impedidos por razões regimentais óbvias.
Quanto aos documentos presentes, apesar de volumosos e conterem bastante informação, falha em aspectos essenciais:
. a exemplo de documentos anteriores, não tem dados comparativos com a situação actual e valores das alterações, bem como as taxas novas e as extintas, dados fundamentais para uma análise objectiva; (documento existente e não fornecido)
. em relação à acta da Câmara Municipal, está incompleta, passa da pag.3 para a pág. 6, não se consegue por isso ter acesso às declarações de voto por inteiro e o que está , fica sem sentido;
. mas como estamos habituados a que a Mesa da Assembleia permita que haja problemas com os documentos enviados aos membros da Assembleia quase em todas as reuniões, concluimos como normal, tal situação.
Quanto à proposta apresentada, os eleitos da CDU na Assembleia Municipal, revêem-se na posição do vereador Carlos Tomé transcrita na declaração de voto e consideram importante neste momento relevar três questões que nos parecem de grande pertinência:
Primeira questão,
Diz o preâmbulo do projecto de regulamento “a lei determina que os regulamentos de taxas dos municipios actualmente em vigor sejam alterados de acordo com o novo regime legal, sob pena de se considerarem revogados e não poderem continuar a ser aplicados” fim de citação.
Tendo presente, que o prazo para dar cumprimento à lei, já com todos os prazos de prorrogação incluidos, terminou em Abril de 2010, a Câmara Municipal, está na disposição de por iniciativa própria, devolver aos municipes as taxas cobradas entre Abril e a data da entrada em vigor das novas taxas?
Segunda questão,
Em relação às taxas de publicidade, para além dos valores exorbitantes apresentados, no entender da CDU e face à jurisprudência existente, estas poderão ser consideradas ilegais. Como é do conhecimento público, existe jurisprudência praticamennte unânime do Supremo Tribunal Administrativo e mesmo do Tribunal Constitucional, considerando ilegais e inconstitucionais as taxas de publicidade criadas pelos municipios e aplicadas a reclamos ou qualquer outra publicidade instalada em imóveis, móveis ou veiculos de propriedade particular.
Os tribunais citados, têm considerado que os municipios só podem aplicar taxas quando há contrapartidas ou serviços prestados pelo municipio.
Acresce que vários municipios já foram condenados pela criação destas taxas, tais como: Guimarães, Trofa e Lisboa, sendo que este já foi condenado várias vezes. Por último referir que o Tribunal Constitucional já considerou a inconstitucionalidade destas taxas em pelo menos seis casos.
Perante tais evidências, a CDU considera de bom senso e politicamente aconselhável, afim de não se cometer uma ilegalidade que a Mesa da Assembleia, diligencie junto das entidades competentes da legalidade destas taxas.
Terceira e última questão,
A proposta que o PS aqui nos apresenta, exemplifica bem a sua génese, a sua imagem de marca e a sua cultura, tal como se verifica na proposta de O. Estado para 2011 - fazer o povo já de bolsos vazios - pagar a crise. Povo que em nada contribuiu para ela.
Num quadro em que o governo com o acordo do PSD, que já viabilizou o O.Estado de 2010, o PEC I e II, se prepara para aprovar o orçamento de 2011 ruinoso para as familias, o PS apresenta-nos uma proposta de taxas, com aumentos escandalosos em média de 20%, quando a taxa prevista da inflação é 2%, com 100 novas taxas e aumentos em mais de 250, é verdadeiramente inaceitável!
Não podemos deixar de relembrar que em 2009, já se verificou um aumento das taxas.
Em cima da redução dos salários, das pensões, das prestações sociais e dos aumentos brutais dos impostos (IVA e IRS), do aumento acentuado da comparticipação das familias nos medicamentos e taxas moderadoras, da electricidade, e das taxas máximas do IMI e outras, mais este pacote. Que sensibilidade social é esta?
Não venha o Sr. Presidente voltar a dizer que os aumentos de maior percentagem representam 2 ou 3 euros, porque não é verdade, só alguns pequenos exemplos:
- de 1,80 para 27€ - 2.400%; de 2,5 para 31€ - 1.140%; de 5 para 67€ - 1.240%; de 260 para 574€ - 121%; de 575 para 1500€ - 160%; de 230 para 1000€ - 334% e por aí fora........
Com aumentos incompreensiveis praticamente em todos os capitulos, veja-se os mercados, onde eram necessárias medidas de incentivo à sua dinamização e não estas que contribuem para a sua desertificação. E nesta proposta, nem os mortos escapam, veja-se o capitulo dos cemitérios . Ou seja, aqui bem podemos aplicar o sempre sábio ditado popular “ vai mas é morrer longe” .
Por tudo o que está dito e pelos muitos exemplos que ainda se poderiam dar, a CDU vota contra esta proposta de aumentos das taxas, apresentada pelo PS. Proposta completamente desadequada da realidade social e económica do concelho e que agrava as já dificeis condições de vida das familias torrejanas.
Torres Novas, 25 Outubro 2010
Os Eleitos da CDU

sábado, 30 de outubro de 2010

CONVÍVIO E REUNIÃO DE MILITANTANTES DO PCP E ELEITOS LOCAIS DA CDU




5 Novembro 2010 : Sexta-Feira
21.30
CENTRO DE TRABALHO DO PCP - TORRES NOVAS
 ( Rua 25 de Abril)
com a presença de
SÉRGIO RIBEIRO
( membro do Comité Central do PCP)


LANCHE-CONVÍVIO A PARTIR DAS 19.30
( inscrições até Terça-Feira, 2 Novembro 2010)

Mandatário concelhio de Torres Novas da candidatura à Presidência da República de FRANCISCO LOPES


CARLOS TRINCÃO MARQUES
Advogado

sexta-feira, 22 de outubro de 2010

Reunião-convivio de militantes do PCP e eleitos da CDU

Reunião-convivio de militantes do PCP e eleitos da CDU - TORRES NOVAS
Sexta-feira, 05 de Nov. 2010, às 21h30 no C.T de Torres Novas

A actual situação politica, as lutas em curso, incluindo a greve geral, a manifestação pela paz, as eleições presidenciais e outros assuntos de carácter local, são temas para a conversa.

Nota:
A reunião será antecedida de convívio, pelas 19h30, para o qual necessitamos de inscrição prévia – telef. 249822050 - 913450752

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

ANTÒNIO FILIPE - DEPUTADO DO PCP ELEITO PELO DISTRITO DE SANTARÉM PRESTA CONTAS

Declaração de António Filipe, sobre as diversas visitas realizadas durante as Jornadas Parlamentares realizadas no distrito de Santarém em 11 e 12 de Outubro.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP NO DISTRITO DE SANTARÉM: Propostas para responder aos problemas do país

Durante dois dias, 11 e 12 de Outubro, os deputados do PCP na Assembleia da República estiveram no nosso distrito realizando as suas jornadas parlamentares. Estas jornadas ocorreram num momento em que o País está confrontado com um governo que impôs fortes medidas de austeridade agravando as condições de vida dos portugueses.

Estas jornadas permitiram ainda aos deputados comunistas estabelecer fortes e intensos contactos com os trabalhadores e as populações do distrito de Santarém visitando empresas, contactando com os trabalhadores do distrito, realizando debates públicos e diversas reuniões com sindicalistas e comissões de utentes.

Clicando nesta linha poderá conhecer as conclusões das jornadas parlamentares.


sexta-feira, 8 de outubro de 2010

PCP apresentou Projecto de Revisão Constitucional

O PCP apresentou hoje o seu projecto de revisão constitucional. Bernardino Soares afirmou que se este processo de revisão avançar, o PCP tudo fará para contribuir para a defesa dos direitos e garantias consagrados na constituição.


FRANCISCO LOPES LANÇA SITE DA CANDIDATURA

Francisco Lopes, candidato à Presidência da República já tem disponível na net o seu site. Nele poderá consultar tudo sobre a candidatura presidencial patriótica e de esquerda! O endereço é :

JORNADAS PARLAMENTARES DO PCP NO DISTRITO DE SANTARÉM: 11 E 12 OUTUBRO 2010


As próximas Jornadas Parlamentares do PCP vão ter lugar no nosso distrito de Santarém nos próximos dias 11 e 12 de Outubro. Para além da discussão dos diversos temas da actualidade política nacional os deputados comunistas visitarão diversos lugares e empresas no distrito numa acção política que envolve amplos contactos com os trabalhadores e as populações em geral.
No dia 11 pelas 12.00 horas, no  Santarém Hotel, na capital de distrito, decorrerá a Sessão de Abertura das Jornadas com as presenças e intervenções públicas de Bernardino Soares (Presidente do Grupo Parlamentar do PCP) e do Secretário Geral do PCP  Jerónimo de Sousa.

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

BUZINÃO CONTRA AS PORTAGENS NA A-23

Intervenção de Francisco Lopes na Assembleia de República: Sessão solene de comemoração do Centenário da República

" O POVO PORTUGUÊS SERÁ O OBREIRO DO SEU FUTURO!"

Plano de Pormenor da Geriparque:Declaração de Carlos Tomé - vereador CDU ( Reunião de Câmara extraordinária 1/10/2010)


Declaração de voto de Carlos Tomé sobre o Plano de Pormenor da Geriparque apresentado na reunião extraordinária do passado dia 01.10.10 da Câmara Municipal de Torres Novas.

- O resultado da votação foi o seguinte: a favor, os 4 vereadores do PS (o Presidente não esteve presente) + vereador do PSD; abstenção do vereador da CDU.

Em primeiro lugar, devo salientar que não me foi facultado este Plano de Pormenor com a devida e suficiente antecedência para o poder analisar com a atenção que o mesmo merece. Assim, só na reunião tive possibilidade de o consultar.
No entanto, pelo que tive oportunidade de avaliar e também pelos esclarecimentos que nos foram prestados nesta reunião pelas técnicas que acompanharam em permanência a sua evolução, entendo que o Plano respeita os princípios e regras que devem nortear este tipo de instrumentos de ordenação do território. No caso concreto, está também salvaguardada a defesa do ambiente, a alteração do uso dos terrenos e a correcta ordenação da área em causa. Assim, quanto ao Plano em si nada tenho a apontar de negativo, pois trata-se de ampliar a zona industrial para a única área geográfica possível.
No entanto, devemos ter em atenção um outro aspecto que reputo de muito importante e que tem a ver com uma decisão tomada pela Câmara há uns anos e que sempre considerei ser muito negativa. Refiro-me à decisão de a Câmara desistir de ser ela a única entidade a desenvolver esta zona industrial, assumindo ela própria a liderança do processo de concretização daquele parque industrial.
Na altura manifestei-me frontalmente contra a perspectiva de a Câmara entregar o desenvolvimento industrial daquela área à Geriparque. Foi uma decisão errada e votei contra a mesma.
Agora, verifica-se que a Câmara tem apenas uma participação de 5% no capital social da Geriparque e portanto não tem qualquer possibilidade de influência ou determinação sobre o desenvolvimento daquela área.
Deste modo, a Câmara entregou de mão beijada a liderança do projecto a uma empresa privada que fará o que muito bem entender com os terrenos. A Câmara nunca devia ter-se alheado deste aspecto e devia ser ela própria a adquirir os terrenos e impedir assim um processo que será naturalmente especulativo.
O solo é um elemento demasiado importante para qualquer município, pelo que a Câmara não deveria possibilitar que os particulares especulem para seu benefício próprio com a venda dos lotes. Sempre disse que devia ser a Câmara a adquirir os terrenos, a desenvolver a zona industrial e a vender posteriormente os lotes a preços acessíveis e não especulativos e inclusivamente definir os sectores de intervenção económica que entende privilegiar.
Como, infelizmente, este não foi o entendimento da Câmara, a Geriparque fará o que muito bem entender com os lotes, vendendo-os a quem quiser e pelo preço que entender. Este é o pecado inicial deste processo. E por isso, não posso votar a favor do Plano de Pormenor, pelo que me abstenho.

Carlos Tomé, 01.10.10
Vereador da CDU - Câmara Municipal Torres Novas