sexta-feira, 29 de abril de 2011

Assembleia Municipal 28 Abril

Prestação de Contas de 2010
Declaração de voto

Mais uma vez a prestação de contas apresentada vem confirmar o que a CDU vem afirmando ao longo dos anos quando nesta Assembleia se discute o Plano de Actividades e o Orçamento.

É perfeitamente oportuno a leitura da extensa e bem fundamentada declaração de voto da CDU, apresentada em Abril de 2010, quando se discutiu o Plano de Actividades e Orçamento para o mesmo ano, para facilmente se constatar o realismo de tal declaração e a justeza dos argumentos agora apresentados, que justificam a posição da CDU em relação à prestação de Contas de2010.

Assim, a CDU considera:

1. A Prestação de Contas de 2010 deve reflectir de forma contabilística a gestão do Município de Torres Novas durante o ano de 2010 e mostrar comparativamente o previsto com o executado. Isto é, os resultados da gestão constantes na Prestação de Contas devem ser analisados de modo comparativo com as previsões inscritas no Orçamento para 2010 que norteou e balizou a intervenção da Câmara no ano transacto. Deve-se avaliar se as previsões se mostraram correctas, dotadas de razoabilidade e baseadas em elementos concretos, ou se pelo contrário essas previsões se inscrevem no puro âmbito da ilusão e do realismo.

E nessa medida conhece-se a real situação do Município e a sua eventual capacidade e possibilidade para concretizar os objectivos a que se propõe.

Diga-se desde logo que a Prestação de Contas de 2010 vem mostrar mais uma vez que uma coisa é a criação de ilusões constantes nas previsões orçamentais e outra bem diferente é a realidade.

Também neste ano de 2010 se verificou que de uma forma geral a Câmara vive muito acima das suas possibilidades, pois não tem capacidade, ao nível das disponibilidades financeiras para realizar grande parte do que se propõe concretizar.

O principal problema da gestão municipal neste ano – e que se vem repetindo anualmente – é o da relação entre a previsão da receita e a sua execução ficar muito aquém do aceitável, uma vez que “é sustentada em expectativas demasiado favoráveis no referente à concretização de projectos no ano económico, perspectivas que depois na prática não revelam sustentação” como se pode ler na pg. 52 do documento.

2. No capítulo da execução orçamental e especificamente das Receitas, verificamos que de uma receita total prevista (já corrigida) de 71,660 milhões de euros apenas se executaram 28,268 milhões tendo em consideração a receita liquidada porque se tivermos em conta a receita cobrada então o valor desce para 27,758.

Assim, como mostra o quadro da pág. 53, no ano de 2010 o grau de concretização da receita global situou-se nos 34,7%, traduzindo-se assim no valor mais baixo desde 2007.

Com efeito o grau de execução da receita foi em 2007 de 42,21% em 2008 foi de 45,18%, em 2009 foi de 47,83% e em 2010 foi apenas de 34,70%.

No âmbito da receita corrente foram executados 21.528 milhões de uma previsão de 32.352 milhões, pelo que o índice de execução foi de 66,5%. Neste âmbito assume especial destaque para os impostos indirectos que tinham uma previsão de 6,564 milhões e apenas se arrecadaram 943 mil. E nas taxas, multas e outras penalidades previram-se3,425 milhões mas apenas se executaram 479.812.

Na receita de capital, a diferença entre a previsão e a execução é ainda muito maior, pois de uma previsão de 38,801 milhões apenas se receberam 6,230 milhões, o que significa apenas 16,1% do previsto.

No âmbito das receitas de capital assume especial significado a venda de bens de investimento (em cuja rubrica se integra a célebre venda de terrenos) em que de uma previsão de 22,520 milhões apenas se receberam 42.576 o que significa um índice de execução de 0,1% (quadro pág. 50).

Aliás, esta percentagem seria de espantar se não fosse recorrente de há vários anos para cá. Com efeito, esta tem sido a rubrica que atribui uma sustentação formal aos elevados valores do orçamento, mas que depois se conclui sempre serem valores absolutamente irrealista. Ou seja, o orçamento é equilibrado à custa deste tipo de rubricas com valores exageradíssimos, mas a abissal diferença é sempre verificada com a apresentação da Prestação de Contas a qual reflecte, como não poderia deixar de reflectir, esta realidade.

É curioso verificar que a justificação que é apresentada para os desvios entre a receita prevista e a liquidada é sempre a mesma. Nos impostos directos e indirectos “deve-se ao facto de não ter sido promovido o empreendimento do Boquilobo Golf, da ZAL, Zona Industrial da Zibreira e do PP da Geriparque”. E na venda de bens de investimento deve-se ao facto de “não ter sido concretizada a venda de imobilizado prevista”, como se pode ler no quadro da pág. 51. Mas estas situações são sempre referidas por mim aquando da aprovação do Orçamento e são sempre ignoradas.

Importa referir que em anos anteriores o revisor oficial de contas, chamou à atenção para o sistemático empolamento das receitas.

De acordo com os dados do documento, verifica-se que a Câmara não tem independência financeira (quadro pág. 54). De facto, de acordo com esses elementos, a independência financeira é dada pelo rácio receitas próprias sobre receitas totais e verifica-se que ela se fica pelos 47,22%, situação que se vem a agravar desde 2009.

Com efeito, já em 2009 o município não tinha a desejável autonomia financeira, e em 2010 a situação também se manteve abaixo dos 50%, sendo esta a percentagem mínima para se falar em autonomia financeira.

Ou seja, a Câmara está a viver acima das suas possibilidades e à custa de empréstimos que terão de ser pagos no futuro mais ou menos breve.

3. No campo da despesa verifica-se que a aquisição de bens de capital, que pode ser considerado em traços gerais o investimento municipal) reduziu bastante relativamente ao ano de 2009 e ficou muito aquém do previsto.

A despesa prevista na aquisição de bens de capital foi de 35,123 milhões mas apenas se executaram 7.046 milhões o que significa apenas 20% do previsto.

Portanto, em conclusão, relativamente à execução orçamental verificamos que “o valor agregado do orçamento da receita é claramente inferior ao valor da despesa realizada. Situação estrutural, se atendermos à evolução relativa de anos transactos” como se pode ler na pág. 59.

A este respeito verificamos que em 2010 foram facturados 41,776 milhões e apenas se receberam 27,998 milhões, pelo que a diferença de 13,764 milhões terá que ser paga nos anos seguintes.

No que respeita ás contas do Teatro Virginia, mais uma vez se verifica, que as verbas atribuidas ao mesmo pelo municipio, e, o registo das mesmas nas contas do Teatro, não correspondem. Impedindo assim que possamos saber no concreto quanto custa aquele equipamento.

4. Quanto ao passivo, a dívida global cresceu 5,87% relativamente ao ano de 2009, sendo certo que neste momento se cifra em 36,373 milhões o que constitui um valor alto. A dívida a curto prazo subiu bastante, tendo passado de 9,553 milhões em 2009 para 15,018 milhões em 2010, tendo aumentado 57,21%, sendo certo que em contrapartida a dívida de médio e longo prazo diminuiu em 13,91%.

O aumento da dívida a curto prazo provoca muitas dificuldades de tesouraria e um aumento no prazo médio de pagamentos aos fornecedores, o que é negativo para a economia. O objectivo de atingir os 109 dias ficou muito aquém, uma vez que com o aumento da dívida esse prazo médio está em 192 dias, ou seja quase o dobro do previsto.

5. Com se pode ler na pág. 79 do documento “Os custos operacionais registam um aumento anual. De 2007 a 2010 o incremento verificado foi de 25%. Ao inverso, os proveitos operacionais não conseguem ser suficientes para cobrir os custos, demonstrando mesmo um decréscimo anualmente. Com esta análise, podemos concluir que o Município não tem meios para financiar as actividades que desenvolve.”

Esta conclusão, constante na própria Prestação de Contas, resume em traços gerais o essencial de grande parte das considerações sobre a gestão de 2010 registadas acima.

Face aos argumentos expostos, os eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Torres Novas votam contra a Prestação de Contas de 2010.


Os eleitos da CDU



Torres Novas, 28.04.11

Assembleia Municipal 28 Abril

Balanço Social referente ao ano de 2010

Antes de apresentarmos algumas questões sobre o ponto em discussão “Apreciação e votação da proposta do Balanço Social”, duas questões prévias:
1ª O documento discutido e aprovado na última reunião de câmara embora com o mesmo conteúdo, teve a designação de “Balanço Social” tal como refere a convocatória desta assembleia. O documento apresentado a esta assembleia para apreciação intitula-se “Objectivos, projectos e recursos” e encontra-se dividido em três partes, sendo apenas uma delas denominada “Balanço Social”. Embora o conteúdo permaneça igual, a apresentação e estrutura são diferentes. Julgamos que seria mais sensato haver um documento único, até porque esta Assembleia só se deve pronunciar sobre os documentos apresentados e discutidos na Câmara.
2ª No ano passado a Assembleia não foi chamada a apreciar o Balanço Social, o qual nem se quer constava da ordem de trabalhos. Mas este ano o balanço social consta da ordem de trabalhos para ser apreciado.
Assim, gostaríamos de saber qual foi a alteração legislativa que provocou esta mudança.

Passando então à discussão do Balanço Social:

1. Por força da aplicação da Lei 12-A/2008 de 27 de Fevereiro, complementada com a Lei 66-B/2007 de 28 de Dezembro, aplicada à administração local pelo Decreto Regulamentar 18/2009 de 4 de Setembro, determina-se que o SIADAP (Sistema de Avaliação de Desempenho dos Trabalhadores da Administração Pública) se articule com o ciclo anual de gestão de cada serviço, integrando várias fases como muito bem se lê no inicio da introdução do Balanço Social em discussão. Quando passamos à leitura da parte final da introdução deparamo-nos com uma série de justificações que alegadamente impediram a aplicação da legislação acima mencionada. Facto que muito lamentamos. Esta legislação como qualquer outra não prevê contemplações desta natureza. O que realmente constatamos é que a Câmara à semelhança do ano transacto, justifica mais uma vez a não aplicação da legislação em vigor. É caso para dizer que esta Câmara por este andar vai demorar a conseguir um bom desempenho na avaliação a que também está sujeita.
2. Nas 24 páginas que se seguem temos uma abordagem genérica dos objectivos de cada departamento e os respectivos projectos desenvolvidos que, como não foram incluídos os indicadores de medida, nem a demonstração quantitativa dos respectivos objectivos, é impossível fazermos uma análise correcta coerente e objectiva dos resultados alcançados. De salientar também a falta do relatório de auto avaliação obrigatório por lei e imprescindível a uma correcta análise.
3. Na página 44, “Movimentação de pessoal”, refere-se uma saída definitiva de 72 trabalhadores efectivos da autarquia, 26 com contrato por tempo indeterminado e 69 contratos a termo, ora se somarmos 26 com 69 obtemos 95 e não 72 trabalhadores. Como dos 69 trabalhadores acima referidos 5 saíram por exoneração, julgamos que nestes casos deveria haver informação complementar sobre as exonerações, o que não acontece. O quadro demonstrativo destes números também não se encontra correcto no que respeita à saída de trabalhadores por exoneração e por rescisão por mútuo acordo. Incorrecto também se encontra o quadro que evidencia a admissão de 49 trabalhadores durante o ano de 2010.
4. Relativamente à “Formação Profissional” (pág.49), verificamos mais uma vez e à semelhança do ano transacto, que o grosso da formação recaiu sobre os técnicos superiores. Infelizmente os restantes trabalhadores continuam a ser penalizados no que respeita à formação profissional. De salientar também que em relação aos trabalhadores das escolas afectas à Câmara, não encontramos neste documento e em relação a este assunto, nenhuma informação. Lamentamos que os mesmos trabalhadores continuem a não ter acesso a formação profissional.
5. No capítulo “Higiene, Segurança e Saúde no Trabalho” (pág.51) ficamos com a dúvida se os trabalhadores das escolas têm acesso ao serviço, uma vez que apenas 349 trabalhadores foram consultados pelo serviço de Medicina do Trabalho.
6. E por fim no capítulo “Avaliação de Desempenho” e tendo presente a introdução deste documento, esperávamos uma outra abordagem do assunto. Na realidade a importância dada à avaliação reduz-se a uma página, na qual grande parte está ocupada por um quadro, que à semelhança dos outros atrás mencionados também não se encontra correcto.
Com efeito, refere-se um total de 574 avaliados, mas o quadro contempla 579. Seria pertinente saber porque não foram respeitadas as quotas determinadas por lei, assim como saber porque estão dependentes da decisão do Conselho Coordenador de Avaliação 24 avaliações.
7. Para além de tudo aquilo já referenciado, detectamos ainda que o Balanço Social de 2010, não inclui os encargos com o pessoal, nem qualquer justificação à sua não inclusão.


Os eleitos da CDU na Assembleia Municipal

Assembleia Municipal 28 Abril

Saudação ao 1º Maio
Cumprem-se este ano 125 anos sobre a luta dos trabalhadores de Chicago pelas oito horas de trabalho diário. Para muitos, comemorar hoje esta data não passa de um arcaísmo, desadequado e injustificado nos tempos actuais. Contudo, numa altura em que se assiste a um ataque tão cerrado aos direitos dos trabalhadores, que começou com o Código de Trabalho e poderá ter continuação com as medidas impostas pelo FMI, pela Comissão Europeia e pelo Banco Central Europeu, mais se justifica celebrar e relembrar esta data.
A desregulamentação dos horários de trabalho, o prolongamento das situações contratuais precárias, o ataque cerrado aos trabalhadores, com a facilitação dos despedimentos, a redução das indemnizações a pagar em caso de despedimento, a redução do subsídio de desemprego e o aumento da dificuldade de acesso ao mesmo, são algumas das medidas que foram já tomadas e que se prevê que venham a ser aprofundadas, lesando ainda mais os trabalhadores portugueses. Os programas de austeridade levados a cabo até agora e o que vai sendo progressivamente anunciado pela comunicação social como medidas futuras, passam não pelo estímulo ao emprego, mas sim pelo aumento do número de desempregados, pela destruição das pequenas e médias empresas e do sector produtivo. Esta ilegítima intervenção externa visa continuar a apoiar a banca e os grupos económicos, nacionais e estrangeiros, ao mesmo tempo que impõe sacrifícios ao povo português e condiciona o futuro do país.
Não se vislumbram infelizmente mais e melhores perspectivas para as novas gerações, já que o aumento progressivo da idade da reforma e as penalizações cada vez maiores para quem escolhe reformar-se, independentemente da sua carreira contributiva ser maior ou menor, fazem com que não haja a tão expectável renovação de gerações no mercado de trabalho e a necessária transmissão de saberes entre gerações nos locais de trabalho. A precariedade laboral é hoje apanágio sobretudo das novas gerações, que vêem desta forma todo o seu futuro hipotecado – sem estabilidade laboral não há estabilidade familiar, não há independência para trilhar o seu próprio caminho. O desemprego, os falsos recibos verdes, o uso continuado e abusivo de contratos a prazo, os estágios e as empresas de trabalho temporário são hoje as faces deste tempo em que o trabalho sem direitos se tornou a norma e não a excepção.
O ataque aos direitos consagrados na Constituição está pois em marcha sem que se vislumbre nenhuma voz dissonante nos partidos que até agora foram responsáveis pelos governos deste país desde o 25 de Abril de 1974 – PS, PSD e CDS - condenando esses ataques, mas sim uma defesa despudorada dessas mesmas medidas lesivas dos trabalhadores e do seu aprofundamento. Ninguém desses partidos é ouvido a defender a produção nacional como forma de promover mais e melhor emprego, de diminuir a dependência das importações que tanto contribui para a situação em que nos encontramos. Nenhuma solução é ouvida desses lados que contribua efectivamente para uma resolução séria da situação.
O próximo dia 1º de Maio deve portanto ser um dia de festa e de luta, de solidariedade e de reivindicação contra o desemprego, os baixos salários, o aproveitamento da crise capitalista para uma maior exploração dos trabalhadores e um mais cerrado ataque aos seus direitos. Uma jornada de recusa do pagamento dos custos das políticas desastrosas dos sucessivos Governos que ainda agravaram mais esta crise e nada fizeram para estimular o emprego.
Os eleitos da CDU apelam assim a todos os habitantes do concelho de Torres Novas para que participem nas comemorações do 1º de Maio, com especial destaque para as organizadas pela CGTP-IN.
Viva o 1º de Maio!
Vivam os trabalhadores portugueses!

Os Eleitos da CDU na Assembleia Municipal de Torres Novas


Assembleia Municipal 28 Abril - antes da ordem do dia

A CDU colocou as seguintes:

Bombeiros Voluntários Torrejanos

Foi pública a posição do Sr. Presidente da Câmara relativamente à remodelação ou construção do novo quartel dos bombeiros, assim como foi público o ofício dos bombeiros, manifestando preocupação pelo avolumar da dívida da câmara a essa associação, que pode colocar em risco o bom funcionamento da mesma e o consequente socorro às populações, e o descontentamento e preocupação perante o sucessivo adiamento da construção do novo quartel.
Gostaríamos de saber efectivamente quando é que a câmara prevê regularizar o valor em dívida e qual a posição em relação à remodelação ou construção do novo quartel.
De salientar que independentemente das razões que ambas as partes possam apresentar perante o actual desentendimento, não nos parecem aceitáveis as declarações do Sr. Presidente da Câmara durante a última reunião do município. A câmara não se pode desvincular, em momento algum, de qualquer compromisso com esta ou com outra associação quando se trata de servir as populações. A população do concelho de Torres Novas, não pode nem deve ser prejudicada por desentendimentos entre a Câmara e outras instituições.

Regulamentos de Taxas

A CDU entende que devem ser revistas todas as taxas e não só aquelas em que alguêm reclamou. Por isso os municipes que têm pago taxas devem protestar para as mesmas serem suspensas e exigir o seu reembolso. Não aceitamos que haja tratamento diferente entre os cidadãos que recorrem aos serviços camarários. Quem protesta, não paga. Quem paga e não protesta, paga.
Porque o PS numa atitude sectária não aceitou as propostas da CDU quando estas taxas foram aprovadas, colocou a autarquia numa situação em que não arrecada qualquer receita e descrimina os cidadãos.
A CDU, propõs que a Câmara solicite à Assembleia Municipal como a lei determina a suspensão de todas as taxas e a revisão de todas as que são injustas.

Parque Jogos da Silvã
Mais uma vez questionamos a Câmara Municipal para quando o arranjo do recinto, pois o Sr. Presidente à mais de um ano que promete o seu arranjo imediato, mas numca mais acontece.
Ponte dos Pimenteis - lapas
Há mais de 6 anos que a CDU questiona a Cãmara Municipal  sobre o seu arranjo. E há 6 anos que o Sr . Presidente promete o seu arranjo e nada. Desta vez mais uma promessa. Basta de promessas, faça.se a obra.







terça-feira, 26 de abril de 2011

Comemorar o 1º MAIO

SANTARÉM (Jardim da República)

15 H0RAS

INSCRIÇÃO PARA TRANSPORTES

HORÁRIO /LOCAIS DE PARTIDA:
Tomar » Rodoviária – 13,15 h - Entroncamento » Rotunda Eleclerc – 13,30 h - Torres Novas » Rodoviária – 13,45 h- Alcanena » Videla – 14 h


CDU presta contas

 Deputado do PCP apresenta balanço da actividade parlamentar no distrito de Santarém


Com o objectivo de dar a conhecer o balanço da actividade do deputado António Filipe no distrito de Santarém, realizam-se no dia 28 de Abril, Quinta-Feira, vários encontros com a comunicação social do distrito:

Santarém – às 10.30h
Na DORSA do PCP

Abrantes – às 15 horas
No CT do PCP

Tomar – às 17 horas
No CT do PCP

Torres Novas – às 18.30 horas
Na "Taberna do Aspirante" - Lapas

sábado, 23 de abril de 2011

Contas do Teatro Virginia 2010

 
Relatório de gestão e contas de empresa municipal Turrisespaços
Declaração de voto

Entendo que a qualidade da programação do Teatro Virgínia tem sido inquestionável e a indispensável ligação à comunidade local tem percorrido um caminho importante, promovendo incentivos e dinâmica aos variados criadores culturais locais. Portanto, do ponto de vista da programação, é importante que este caminho seja trilhado, limando algumas arestas. Portanto, quanto a esse aspecto, nada tenho a apontar de substancialmente negativo à sua actividade considerada em traços gerais.
No entanto, mantenho todas as reservas levantadas aquando da constituição da empresa municipal, reservas essas que foram aumentadas com a recente decisão de alargar o âmbito de acção da empresa de forma a integrar o desporto. Com efeito, entendo que a Câmara tinha e tem todas as possibilidades em manter ela própria a gestão do Teatro Virgínia bem como a restante actividade de cariz cultural e desportivo.
Por outro lado, entendo também, como já o venho dizendo há muito tempo, que a Câmara não tem possibilidades de manter o actual nível de transferências financeiras a esta empresa.
Acresce que não são absolutamente certos os valores suportados pela Câmara com a empresa, pois embora conste na pág. 35 do Relatório de Gestão o valor de 642.249,28 como sendo o total dos subsídios pagos à empresa, a esse montante acrescem os pagamentos pagos a título de prestação de serviços no montante de 116.846,67 com os espectáculos do 25 de Abril, as Festas do Almonda e os Encontros da Lusofonia. Portanto, no total a Câmara pagou à empresa 759.095,95.
Mas a esse valor devem acrescer cerca de 33 mil euros de custos suportados pelo Município com despesas com pessoal, referidos pelo fiscal único no seu Relatório. Aliás, no seu Relatório o fiscal único apresenta este aspecto como uma reserva à certificação legal das contas da empresa, embora seja do parecer que as mesmas podem ser aprovadas. Portanto, no ano de 2010, a Câmara pagou à empresa, ou suportou custos da sua responsabilidade, cerca de 789 mil euros.
É evidente que os valores pagos pela Câmara à empresa têm que coincidir com os valores recebidos pela empresa e que devem constar nas suas contas, sendo que, à primeira vista, a comparação entre os valores constantes na documentação contabilística das duas entidades não é absolutamente clara.
A este respeito, diga-se que na pág. 357 da Prestação de Contas do Município de 2010 consta o valor de 1.011.468,50 como sendo o subsídio orçamentado e 839.535,06 como sendo o total dos subsídios pagos à empresa durante o ano em causa, mas tal valor não corresponde exactamente aos valores recebidos pela empresa e constantes das suas contas.
Embora tenham sido prestados nesta reunião de Câmara esclarecimentos técnicos relativamente a tais discrepâncias, não estão absolutamente claros e definidos nos documentos contabilísticos, de molde a que sejam dissipadas todas as dúvidas, os montantes recebidos pela empresa e provenientes do Município.
Por tudo isto, decido abster-me.

Carlos Tomé
19.04.11

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Relatório e Contas do Municipio 2010

Prestação de Contas de 2010
Declaração de voto

1. A Prestação de Contas de 2010 deve reflectir de forma contabilística a gestão do Município de Torres Novas durante o ano de 2010 e mostrar comparativamente o previsto com o executado. Isto é, os resultados da gestão constantes na Prestação de Contas devem ser analisados de modo comparativo com as previsões inscritas no Orçamento para 2010 que norteou e balizou a intervenção da Câmara no ano transacto. Deve-se avaliar se as previsões se mostraram correctas, dotadas de razoabilidade e baseadas em elementos concretos, ou se pelo contrário essas previsões se inscrevem no puro âmbito da ilusão e do realismo.

E nessa medida conhece-se a real situação do Município e a sua eventual capacidade e possibilidade para concretizar os objectivos a que se propõe.

Diga-se desde logo que a Prestação de Contas de 2010 vem mostrar mais uma vez que uma coisa é a criação de ilusões constantes nas previsões orçamentais e outra bem diferente é a realidade.

Também neste ano de 2010 se verificou que de uma forma geral a Câmara vive muito acima das suas possibilidades, pois não tem capacidade, ao nível das disponibilidades financeiras para realizar grande parte do que se propõe concretizar.

O principal problema da gestão municipal neste ano – e que se vem repetindo anualmente – é o da relação entre a previsão da receita e a sua execução ficar muito aquém do aceitável, uma vez que “é sustentada em expectativas demasiado favoráveis no referente à concretização de projectos no ano económico, perspectivas  que depois na prática não revelam sustentação” como se pode ler na pg. 52 do documento.

2. No capítulo da execução orçamental e especificamente das Receitas, verificamos que de uma receita total prevista (já corrigida) de 71,660 milhões de euros apenas se executaram 28,268 milhões tendo em consideração a receita liquidada porque se tivermos em conta a receita cobrada então o valor desce para 27,758.

Assim, como mostra o quadro da pág. 53, no ano de 2010 o grau de concretização da receita global situou-se nos 34,7%, traduzindo-se assim no valor mais baixo desde 2007.

Com efeito o grau de execução da receita foi em 2007 de 42,21% em 2008 foi de 45,18%, em 2009 foi de 47,83% e em 2010 foi apenas de 34,70%.

No âmbito da receita corrente foram executados 21.528 milhões de uma previsão de 32.352 milhões, pelo que o índice de execução foi de 66,5%. Neste âmbito assume especial destaque para os impostos indirectos que tinham uma previsão de 6,564 milhões e apenas se arrecadaram 943 mil. E nas taxas, multas e outras penalidades previram-se3,425 milhões mas apenas se executaram 479.812.

Na receita de capital, a diferença entre a previsão e a execução é ainda muito maior, pois de uma previsão de 38,801 milhões apenas se receberam 6,230 milhões, o que significa apenas 16,1% do previsto.

No âmbito das receitas de capital assume especial significado a venda de bens de investimento (em cuja rubrica se integra a célebre venda de terrenos) em que de uma previsão de 22,520 milhões apenas se receberam 42.576 o que significa um índice de execução de 0,1% (quadro pág. 50).

Aliás, esta percentagem seria de espantar se não fosse recorrente de há vários anos para cá. Com efeito, esta tem sido a rubrica que atribui uma sustentação formal aos elevados valores do orçamento, mas que depois se conclui sempre serem valores absolutamente irrealista. Ou seja, o orçamento é equilibrado à custa deste tipo de rubricas com valores exageradíssimos, mas a abissal diferença é sempre verificada com a apresentação da Prestação de Contas a qual reflecte, como não poderia deixar de reflectir, esta realidade.

É curioso verificar que a justificação que é apresentada para os desvios entre a receita prevista e a liquidada é sempre a mesma. Nos impostos directos e indirectos “deve-se ao facto de não ter sido promovido o empreendimento do Boquilobo Golf, da ZAL, Zona Industrial da Zibreira e do PP da Geriparque”. E na venda de bens de investimento deve-se ao facto de “não ter sido concretizada a venda de imobilizado prevista”, como se pode ler no quadro da pág. 51. Mas estas situações são sempre referidas por mim aquando da aprovação do Orçamento e são sempre ignoradas.

De acordo com os dados do documento, verifica-se que a Câmara não tem independência financeira (quadro pág. 54). De facto, de acordo com esses elementos, a independência financeira é dada pelo rácio receitas próprias sobre receitas totais e verifica-se que ela se fica pelos 47,22%, situação que se vem a agravar desde 2009.

Com efeito, já em 2009 o município não tinha a desejável autonomia financeira, e em 2010 a situação também se manteve abaixo dos 50%, sendo esta a percentagem mínima para se falar em autonomia financeira.

Ou seja, a Câmara está a viver acima das suas possibilidades e à custa de empréstimos que terão de ser pagos no futuro mais ou menos breve.

3. No campo da despesa verifica-se que a aquisição de bens de capital, que pode ser considerado em traços gerais o investimento municipal) reduziu bastante relativamente ao ano de 2009 e ficou muito aquém do previsto.

A despesa prevista na aquisição de bens de capital foi de 35,123 milhões mas apenas se executaram 7.046 milhões o que significa apenas 20% do previsto.

Portanto, em conclusão, relativamente à execução orçamental verificamos que “o valor agregado do orçamento da receita é claramente inferior ao valor da despesa realizada. Situação estrutural, se atendermos à evolução relativa de anos transactos” como se pode ler na pág. 59.

A este respeito verificamos que em 2010 foram facturados 41,776 milhões e apenas se receberam 27,998 milhões, pelo que a diferença de 13,764 milhões terá que ser paga nos anos seguintes.

4. Quanto ao passivo, a dívida global cresceu 5,87% relativamente ao ano de 2009,  sendo certo que neste momento se cifra em 36,373 milhões o que constitui um valor alto. A dívida a curto prazo subiu bastante, tendo passado de 9,553 milhões em 2009 para 15,018 milhões em 2010, tendo aumentado 57,21%, sendo certo que em contrapartida a dívida de médio e longo prazo diminuiu em 13,91%.

O aumento da dívida a curto prazo provoca muitas dificuldades de tesouraria e um aumento no prazo médio de pagamentos aos fornecedores, o que é negativo para a economia. O objectivo de atingir os 109 dias ficou muito aquém, uma vez que com o aumento da dívida esse prazo médio está em 192 dias, ou seja quase o dobro do previsto.

5. Com se pode ler na pág. 79 do documento “Os custos operacionais registam um aumento anual. De 2007 a 2010 o incremento verificado foi de 25%. Ao inverso, os proveitos operacionais não conseguem ser suficientes para cobrir os custos, demonstrando mesmo um decréscimo anualmente. Com esta análise, podemos concluir que o Município não tem meios para financiar as actividades que desenvolve.”

Esta conclusão, constante na própria Prestação de Contas, resume em traços gerais o essencial de grande parte das considerações sobre a gestão de 2010 registadas acima.

Por tudo, isto voto contra a Prestação de Contas de 2010.

Carlos Tomé, 19.04.11

sexta-feira, 15 de abril de 2011

EM DEFESA DO SNS

CONCENTRAÇÃO POR MAIS MÉDICOS E MAIS  ENFERMEIROS,

CENTRO DE SAÚDE DE TORRES NOVAS.

SÁBADO, 16 ABRIL

15H30

Inicativa promovida pelas Comissões de Utentes do Distrito de Santarém

quarta-feira, 6 de abril de 2011

REUNIÃO DE ELEITOS DA CDU - TORRES NOVAS

Na próxima segunda-feira, 11 de Abril às 21H. realiza-se no Centro de Trabalho do PCP em Torres Novas, uma reunião de eleitos da CDU no concelho de Torres Novas, para realizar um balanço do mandato e preparar as V Jornadas Autárquicas.

Renegociar a dívida pública - Desenvolver a produção nacional

Renegociar a dívida pública - Desenvolver a produção nacional

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Dia de luta pela saúde

Concentrações de utentes da saúde, dia 16 de Abril
EXIGIMOS
+ médicos e enfermeiros
medicamentos + baratos
 Fim das limitações no transporte de doentes!
Contra o encerramento de serviços e unidades de saúde!
O direito a cuidados de saúde não pode esperar nem pela saída da crise nem pelo resultado das eleições! 

CONCENTRAÇÃO
16.abril (sábado) – 15,30 horas
frente aos Centros de Saúde de T Novas e de Constância (sede dos ACES)
também fte. ao C. Saúde de Almeirim
 


publicado por usmt