segunda-feira, 21 de março de 2011

INVASÂO do BAHREIN

Fez um mês que se iniciou um movimento de rebelião civil pacífica no Bahrein, monarquia Árabe no Golfo Pérsico, contra o regime oligárquico vigente.
O rei Hamad e o seu governo não abriu diálogo com a oposição, tendo antes recorrido à repressão por via das forças de segurança, enquanto a oposição manteve durante semanas a fio o seu protesto e a exigência de mudanças políticas, por progresso social e democracia.
Terça-feira, o monarca declarou o estado de emergência. Aparentemente terá também sido conivente à abertura da fronteira à entrada de tropas da Arábia Saudita e dos Emiratos Árabes que,  Quarta-feira, ocuparam militarmente a capital, Manama, tendo já causado um número ainda indeterminado de mortes.
A situação no Bahrein, que se sucede no quadro de inquietação social e revolta política que abala os países Árabes do Magreb e Médio Oriente, tomou assim uma feição particularmente grave, ao incluir a intervenção estrangeira directa e violenta. O desenvolvimento da situação é agora ainda mais imprevisível, e passível de se alargar a mais estados na região, e até à intromissão aberta de grandes potências estrangeiras. Recorde-se que o Bahrein alberga a maior base militar norte-americana no Golfo Pérsico.
O CPPC condena vivamente a invasão do Bahrein por forças militares estrangeiras, apela à ONU para a sua intervenção diplomática nesta acção de guerra contrária à lei internacional, e espera do governo português a tomada de posição firme no Conselho de Segurança, na defesa da integridade deste país e da soberania do seu povo.

 
Conselho Português para a Paz e Cooperação
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